um fazedor de um mundo novo
Sou poeta porque não tenho medo
De destruir esse mundo, derrotá-lo...
Empurrá-lo ao abismo,
Arrancar-lhe a cabeça...
Não fujo das imagens que me chega
Faço sua perícia e aquilo que não
Gosto, não fujo, entro...
Nas entranhas pegajosas e negras
De lá mesmo que morra por algum
Tempo, dou-lhe o meu céu e minha
Faca a afiada...
Sou poeta porque meu coração
Tem apenas uma medida e nada
Mais, apenas uma medida...
Acima de tudo sou um artista
Um artesão,
Um escultor
Um coração
Um destruidor
Uma contradição
Sou um fazedor de um novo
Mundo....