Não morre
A flor sob o sol
Quente se queima...
Sua pétalas em frangalhos
Com suas bordas enegrecidas
Já entregue...se seguram
Pelas pontas dos pés...
Sem juventude, sem
Ignorância...sem sonhos...
Acordada assiste a si
Mesmo á beira do nojo...
Ao seu redor, sacos de lixo
Lata de óleo Vazia
Restos de comida
Pássaros ciscando...
Cheiro de cadáver sobe
Como pústulas que explode
Em golfadas de vômitos
E a flor dentro desse
Espaço, dessa pasta
Negra e angustiada , não morre!