O dia de hoje das canções lunares

Sobre o dia de hoje os pássaros cantam

Brincando melodias na imensidão inquieta.

Sem perder a esquina, como a água,

Amolda-se por onde passa,

Sempre assim são os dias das canções lunares.

Dia sem pranto, sem drama, sem liça.

Sem mistério, sem noiva perdida na lua cheia.

Sem fantasma gemente, errante.

Sem jornal do mundo no dia de hoje

Das canções lunares.

De horizonte belo

Inebriante

Como as pétalas vivas

Flutuantes

Das percepções raras

Dos sonhos mais flutuantes

São cenas típicas das canções lunares.

Apenas filtram cores à passagem dos arcos,

Na beleza insuprimível da tarde dos namorados.

Nesse inédito sentimento bonito, incerto, inalterado.

Entre canções que ninguém sabe de onde vem

Sopra o perfume da alma das flores que se tocam

No vergel noturno dos pirilampos estrelados.

Por onde valsa a noite entre canções lunares.

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