A SUSPEITA DE VALENTTINA
O pesar de Valenttina
Que anda triste, a chorar
É porque essa menina
Pensa não saber poetar.
Chegou a escrever
Que dizer poema é pensar
E vive a se maldizer
Dia e noite, a cada momento:
Nunca tive um pensamento,
Não penso mesmo "nadinha"
Repete a coitadinha.
Só que razão ela não tem
Pois me aponte quem
Um acróstico produz
Onde com NOVE palavras traduz
Quem é e a que veio
E que no princípio, no fim e no meio
Do texto apresentado
Faz um bom cadenciado
De mui perfeitas rimas,
Como em outras poéticas esgrimas
Escreve a luminosa CINTILANTE
E uma lasciva OFEGANTE,
Tudo assim fazendo sentido
Como quando fala CONVIDO
Para andar no céu
E andando ao léu
Estrelas buscando...
É...pensamentos concatenando
Vai essa Valentina.
E dizer que não raciocina...
Dizer que não pensa.
Acontece de não ser poetisa pretensa,
Mas poetisa real,
Que canta os amores,
Idéias, sonhos e dores,
Sem nenhuma bobagem
Com bastante bagagem,
Nada que seja banal.
Segue em frente, Valentina.
ÉS POETISA, menina!