A SUSPEITA DE VALENTTINA

O pesar de Valenttina

Que anda triste, a chorar

É porque essa menina

Pensa não saber poetar.

Chegou a escrever

Que dizer poema é pensar

E vive a se maldizer

Dia e noite, a cada momento:

Nunca tive um pensamento,

Não penso mesmo "nadinha"

Repete a coitadinha.

Só que razão ela não tem

Pois me aponte quem

Um acróstico produz

Onde com NOVE palavras traduz

Quem é e a que veio

E que no princípio, no fim e no meio

Do texto apresentado

Faz um bom cadenciado

De mui perfeitas rimas,

Como em outras poéticas esgrimas

Escreve a luminosa CINTILANTE

E uma lasciva OFEGANTE,

Tudo assim fazendo sentido

Como quando fala CONVIDO

Para andar no céu

E andando ao léu

Estrelas buscando...

É...pensamentos concatenando

Vai essa Valentina.

E dizer que não raciocina...

Dizer que não pensa.

Acontece de não ser poetisa pretensa,

Mas poetisa real,

Que canta os amores,

Idéias, sonhos e dores,

Sem nenhuma bobagem

Com bastante bagagem,

Nada que seja banal.

Segue em frente, Valentina.

ÉS POETISA, menina!

Alfredo Duarte de Alencar
Enviado por Alfredo Duarte de Alencar em 09/08/2012
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