UNS DE PEIXES, OUTROS DE AQUÁRIO
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Ontem nos falamos ao celular.
Qualquer nota, sem noção.
Nada entendi falamos por falar.
Simulei queda do aparelho ao chão.
Não tivemos a mesma sintonia.
Desligando sentei no banco da praça.
Aonde casais de namorados, vão à caça.
Quanta gente feia, e gente bonita.
Rostos felizes, expressões sofridas.
Passos lentos, outros apressados.
Uns de peixes, outros de aquário.
Fechei um ótimo negócio.
Não estou rindo a toa, gostou.
Minha vida afetiva no ócio.
Admito entre nós tudo acabou.
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A vida é assim, nada entendo.
Bordoadas e porradas, não compreendo.
Vira e mexe to caindo em armadilha.
Assim de penca, em matilha.
A solidão é amarga e frustrante.
Mas os momentos de amor, delirantes.
Não importa se hoje não deu certo.
Amanhã terei alguém por perto.
Vou esquecer nossos momentos.
Tem a cabeça dura, igual a dos jumentos.
Vou ligar pra alguém de aquário.
Não suporto mais essas linhadas de peixes.
Não coloco mais ninguém em santuário.
A lenha se carrega juntas e em feixes.
Pra terminar, vou tomar um conhaque.
To frio, não vou cortar meu bigode, e o cavanhaque.
Rio abaixo, rio acima.
O importante é sempre estar fazendo rima.
Hasta La vista, Zeus.
Como diz meu amigo Everson... Adeus.

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BILLY BRASIL
06-07-2012 - 16,22 hs –
PRAÇA RAMOS DE AZEVEDO-SP – SEXTA.