Papel do Teatro de Cá e Lá
Qualquer desenho que eu fizesse,
mesmo sendo risco e rabisco,
ela dizia:
-está lindo!
Qualquer dor que eu sentisse,
sendo de cabeça ou de dente,
era o que ela fazia:
esfregava os meus pés.
Qualquer coisa que me acontecia,
arte ou desgraça,
ela agradecia:
-graças a Deus!
Qualquer molecagem que eu participava,
grave ou greve,
ela estava ali para me proteger
e dizia:
-ele não fará mais, está arrependido!
Acordei e ela estava ali,
vinda de lá, e desempenhava
o mesmo papel:
aqui e além!
L.L. Bcena, 25/10/2000
POEMA - Caderno: Amor Dormido e Sonhado.