dois olhares, mesmo lugar

Ao adiar-se à estrada fria

Ao silencio cinza e cauterizado

Que esgueira a porta, ao

Negar-se a perceber o grito

Que sai das sementes de trigo

O fogo arterial que do pão

Precisa....esconde-se da pele

A concisão...arrasta-se o pano

Fluido, e mergulha-se ao ar

Escuro... e o azul que do céu

Se liga ao mar...unem-se sem

Perder e sem ganhar...

Dois olhares...mesmo lugar...