O TOQUE DA MÁQUINA

Tão coisificado e tecnicamente programado

Perde-se o humano do Ser Humano

Ganha-se o movimento - meramente repetido

Não notado

Não percebido

E o que resta do toque

É o grande outro toque

Que se faz comumente - que nem sente

Que age, produz - não compensa

Com o tato do que não possui sentidos

Do objeto-máquina de trabalho

Que não faz vida

Mas, “possibilita” o sobreviver

Deveria ser

O sobre viver...

Contudo, perde-se o humano do Ser Humano

Do movimento modificante

Do ser tocante ao outro ser, de seu ser

Perde-se o toque

E a ausência do afeto

Permite todo o incerto

que tenta ser correto,

Onde não há o certo!!!

(1997)

Ita Maia
Enviado por Ita Maia em 15/02/2007
Código do texto: T381819