O TOQUE DA MÁQUINA
Tão coisificado e tecnicamente programado
Perde-se o humano do Ser Humano
Ganha-se o movimento - meramente repetido
Não notado
Não percebido
E o que resta do toque
É o grande outro toque
Que se faz comumente - que nem sente
Que age, produz - não compensa
Com o tato do que não possui sentidos
Do objeto-máquina de trabalho
Que não faz vida
Mas, “possibilita” o sobreviver
Deveria ser
O sobre viver...
Contudo, perde-se o humano do Ser Humano
Do movimento modificante
Do ser tocante ao outro ser, de seu ser
Perde-se o toque
E a ausência do afeto
Permite todo o incerto
que tenta ser correto,
Onde não há o certo!!!
(1997)