DOR

Rosna o fumo em mim

É fogo cravado em minhas entranhas

Esvoaça este sentimento que se faz ruim

Ó ódio, ódio, como me ganhas!

Melancolia desagua em meus poros

Abutres sentimentos me consomem

Ouço vossos passos galopar feito touros

Restem ao menos meu agá de Homem

Ferrenho lutador da vã existência

Deleitado pelos pecados mundanos

De tudo tacanhamente ficou aparência

Foi a vida que vivi em desenganos

Culpado, meu ego não se sente

Amei e fui amado outrora

E deixo ninharia para que essa gente

Aprenda de mim a alcançar outra aurora

Odibar João Lampeão
Enviado por Odibar João Lampeão em 07/08/2012
Código do texto: T3817954
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