DOR
Rosna o fumo em mim
É fogo cravado em minhas entranhas
Esvoaça este sentimento que se faz ruim
Ó ódio, ódio, como me ganhas!
Melancolia desagua em meus poros
Abutres sentimentos me consomem
Ouço vossos passos galopar feito touros
Restem ao menos meu agá de Homem
Ferrenho lutador da vã existência
Deleitado pelos pecados mundanos
De tudo tacanhamente ficou aparência
Foi a vida que vivi em desenganos
Culpado, meu ego não se sente
Amei e fui amado outrora
E deixo ninharia para que essa gente
Aprenda de mim a alcançar outra aurora