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Não Serei Eu


A minha palavra,
Aquela, que é para ti,
Há de descansar, ainda,
No fundo das minhas águas.

A vida há de dizer-te,
Com todas as letras,
O que não quiseste ouvir,
O que não compreendestes!

Quando eu não mais existir
Ou quem sabe, dentro em breve,
A palavra há de encontrar
Um bom vento que a leve

Até seus ouvidos moucos,
Até seus murmúrios loucos,
Na hora certa, certeira,
Atravessando as barreiras
E abismos entre nós...

Então, compreenderás
O valor do que matastes,
E a distância intransponível
Que com as mãos, desenhastes
De livre  espontânea maldade! 
Ana Bailune
Enviado por Ana Bailune em 07/08/2012
Reeditado em 16/06/2020
Código do texto: T3817774
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