Para um dia de Julho

Eu sou o ardor da juventude

a justiça da criança

sou os pesadelos dos velhos

a solidão das meninas

Estou lá no dia de verão

sobre o orgulhoso luto da nação

sou as setes pestes

sou em verdes vestes

Guardei sonhos de criança

Guardei a liberdade dos poetas

Dormi nas preçes das mães

Mas não morri no outono

Sou um entre muitos outros

os irmãos de sangue e brutalidade

bons os que estão môrtos

desta glória há felicidade?

Se não eu, seria alguem

mas a mim sobrou vontade

bebo, então, solitário

pela tua liberdade.