O TEMPO E O DESTINO

A pressa rompe o limite imponderável
do tempo
e nos aproxima da morte.
Urgem decisões, renúncias
ou mesmo propostas
entre o sul e o norte.
Rejeita-se antigas apostas.
Detenho o passo à vista do teu amor.
Tua inocência me enternece às lágrimas
e me entrego à vida para ser teu,
como quiseres. Respiro fundo, desarmo
a bomba-relógio que meu coração carrega
de tempos remotos.
Sento no banco da praça
e olho os caminhos enfeitados
pelas dispensadas folhas do outono.
Desarranjo o relógio do tempo,
para te ver melhor.
Ainda que o destino seja o dono do tempo,
rendo-me ao que o destino do teu amor
me reservou de tempo
de vida.
Nelson Eduardo Klafke
Enviado por Nelson Eduardo Klafke em 06/08/2012
Reeditado em 29/07/2014
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