INDECENTE DESEJO
Em meio ao doce perfume
do manjericão,
da cebola bronzeando no azeite
e o queijo derretendo (de ciúme)
na panela de ferro,
assalta-me a lembrança do teu cheiro.
Selo a carne, creme de leite,
salsa e o teu sorriso
espiando-me do molho.
Preciso me concentrar,
descarto teu olho.
O vapor que sobe
é pura saudade.
Não há verdade
no coração de quem ama,
se não houver saudade.
Diminuo a chama do queimador
do fogão,
prá me deter na tua lembrança.
Acende-me, então, a chama indecente
do desejo
que resta sempre quando te ausentas.
Em meio ao doce perfume
do manjericão,
da cebola bronzeando no azeite
e o queijo derretendo (de ciúme)
na panela de ferro,
assalta-me a lembrança do teu cheiro.
Selo a carne, creme de leite,
salsa e o teu sorriso
espiando-me do molho.
Preciso me concentrar,
descarto teu olho.
O vapor que sobe
é pura saudade.
Não há verdade
no coração de quem ama,
se não houver saudade.
Diminuo a chama do queimador
do fogão,
prá me deter na tua lembrança.
Acende-me, então, a chama indecente
do desejo
que resta sempre quando te ausentas.