incauta e bela

O jeito dela, o cinério

Desejo ardido...

O corpo branco de anjo

De sensualidade cálida

E ferida....

Á janela partida

Com a beleza empertigada

Como se fosse difícil morrer

Todos os dias ao toque

De uma corneta ou de

Um sol pálido que teima

Em nos guiar...ela rir

Como se esse mundo

Que me compadeço também

Não estivesse a lhe rondar....

Á janela, miragem...

Canção guardada e doente

Á boca os labios balbuciam,

Grunhidos tortos, quase vômito

De fingimento...

Não se perde na inglória solidão...

E os cabelos loiros

Que vento sopra sem juizo

E sem vontade, já não se move

Ao gesto impuro que lhe carrega

Mas é tudo miragem, pois o rio

Andou mais nessa manhã

Que ainda incauta me desfalece

A memória....

Alex Ferraz Silva
Enviado por Alex Ferraz Silva em 06/08/2012
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