incauta e bela
O jeito dela, o cinério
Desejo ardido...
O corpo branco de anjo
De sensualidade cálida
E ferida....
Á janela partida
Com a beleza empertigada
Como se fosse difícil morrer
Todos os dias ao toque
De uma corneta ou de
Um sol pálido que teima
Em nos guiar...ela rir
Como se esse mundo
Que me compadeço também
Não estivesse a lhe rondar....
Á janela, miragem...
Canção guardada e doente
Á boca os labios balbuciam,
Grunhidos tortos, quase vômito
De fingimento...
Não se perde na inglória solidão...
E os cabelos loiros
Que vento sopra sem juizo
E sem vontade, já não se move
Ao gesto impuro que lhe carrega
Mas é tudo miragem, pois o rio
Andou mais nessa manhã
Que ainda incauta me desfalece
A memória....