á frieza que dos cristais...
À arvore seu contorno
Se esfarela ao escuro que
Se solta da noite. E
Seus lábios, sonhos perdidos
Estilhaçados dorme sobre
A superfície do lago....
E os cristais que existem
Ao toque da lua n’água
Mexem-se como ao tilintar
De duas taças amarradas
Á duas mãos em vertigem
E o cordão negro que
À beira da floresta amorfa
Se afrouxe e nos embala,
À frieza que escapa da lua....
--------------------------------
Embaixo do coqueiro
No meu quintal lá da Bahia
Havia um banquinho de madeira
Que nos cantava alegria...
o vento era forte, o sol
todo amorado e o chão de
terra vermelha
Era coisa de verdade...
nossa mãe lavando roupa
nosso pai dando risada
contando tanto caso
como se a vida uma morada...
e no enterrar dessas lembranças
a minha vida prossegue, mas
tudo que tenho é o agora
que não é assim... leve.