Pro dia morrer de amor
Eu vivo o inacessível
sinto o improvável
desejo o interditado
minto o inegável
deste amor
tão impossível
quanto
indispensável
E todas as vozes
diriam em uníssono
a verdade nua e crua:
impossível tentar
tamanha aventura,
tão intangível
quanto o amor do sol
pela lua
Ignoram pois, que há
uma determinada hora
em que ambos se encontram:
esvaindo-se no horizonte
em sangue e calor
o sol abraça a lua
e se deita,
enquanto ela, lânguida,
se levanta
pro dia morrer de amor...