Sou poeta de nascença
E minha tristeza vem de uma ausência constante,
Desse meu olhar cuja agudeza me faz ver distante,
Essa certeza de que a poesia é vida, não doença.
Sou poeta por gosto,
Da própria arte que me tem posto essa necessidade,
Que traz esse desgosto de uma presença inevitável,
De tudo movido de um impulso estranho e incontrolável,
De que nasce minha força, meus sonhos e minha vontade.
E ser poeta é quase uma inutilidade
E de verdade nem traz assim tanta felicidade,
Só essas vis palavras aqui em vão derramadas,
Uma doce ilusão de um sonho em vez da realidade,
Dessas horas absurdas de toda a vida desperdiçadas.
Ser poeta é quase nada,
Porque quase tudo é por pura arte
É trazer a alma assim dilacerada
E viver do melhor de tudo a pior parte.
E minha tristeza vem de uma ausência constante,
Desse meu olhar cuja agudeza me faz ver distante,
Essa certeza de que a poesia é vida, não doença.
Sou poeta por gosto,
Da própria arte que me tem posto essa necessidade,
Que traz esse desgosto de uma presença inevitável,
De tudo movido de um impulso estranho e incontrolável,
De que nasce minha força, meus sonhos e minha vontade.
E ser poeta é quase uma inutilidade
E de verdade nem traz assim tanta felicidade,
Só essas vis palavras aqui em vão derramadas,
Uma doce ilusão de um sonho em vez da realidade,
Dessas horas absurdas de toda a vida desperdiçadas.
Ser poeta é quase nada,
Porque quase tudo é por pura arte
É trazer a alma assim dilacerada
E viver do melhor de tudo a pior parte.