A ÚLTIMA HERANÇA

A ÚLTIMA HERANÇA

A minha última herança,

Deixo-a na desesperança

Deixo os meus sonhos

Às vezes bisonhos,

Às vezes risonhos;

Deixo meus cães,

Alguns embolorados pães.

Deixo meus gatos,

Que não comem ratos.

Amputo minhas asas,

Com as penas faço travesseiros,

Para que você os dê a estrangeiros.

Jogo fora minha auréola.

No vaso uma roséola.

Minha túnica esta rasgada,

Tombei-a na estrada.

Uma estaca no coração,

Catalepsia é uma maldição.

Enterre-me como vim ao mundo

Pelado num buraco fundo

André Zanarella 18-01-2012

André Zanarella
Enviado por André Zanarella em 06/08/2012
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