QUARENTA
Descarregando pesos
soltando os nós da alma
as sombras ainda não esclarecem
confundem as variações
Crio uma solda
com a minha consciência
sei que é preciso estar dentro
de cada segundo
se situando
apesar das contingências
Não ter certeza alguma
me desata
Colocar-me por inteiro
nos ponteiros
faz cada volta
mais fascinante
Que venha sobre mim o tempo
ele não me apavora
porque é certeiro
Eu vivo acima das horas
abaixo dos minutos
nesse “ entre”
está o que é mais verdadeiro
e se a palma da mão
ainda sua...
É porque não entende
os punhos da fração