NÃO EXISTE MAIS

Não existe mais sino em acalanto

No alto das igrejas, no fim da tarde.

Não existem procissões carregando o santo

Não existe mais nada, somente saudade.

Não existem namorados em bancos de jardim

Belos pares pela praça em cochichos.

O romantismo acabou mostrou o seu fim

Dentro de um século novo e seus caprichos.

Mundo! Mundo! Onde andam nossas beatas?!

Em orações a tremer os lábios dentro das casas

E as reuniões nas noites altas em serenatas?

Só resta a dizer: foram no tempo no bater de asas.

DIONÉA FRAGOSO

Dionea Fragoso
Enviado por Dionea Fragoso em 05/08/2012
Código do texto: T3815226
Classificação de conteúdo: seguro