NÃO EXISTE MAIS
Não existe mais sino em acalanto
No alto das igrejas, no fim da tarde.
Não existem procissões carregando o santo
Não existe mais nada, somente saudade.
Não existem namorados em bancos de jardim
Belos pares pela praça em cochichos.
O romantismo acabou mostrou o seu fim
Dentro de um século novo e seus caprichos.
Mundo! Mundo! Onde andam nossas beatas?!
Em orações a tremer os lábios dentro das casas
E as reuniões nas noites altas em serenatas?
Só resta a dizer: foram no tempo no bater de asas.
DIONÉA FRAGOSO