A espera

Você abriu minhas mãos e fez em mim morada

Batom no espelho

Riscos nas paredes

Vidraças quebradas num dia de fúria.

E agora? Que fazer?

Há laços entre nós

Libertar

voar

Chegar ao extremo céu.

Minh'alma não se render

Tentar se redimir

Meu corpo se repartir em violentos meteoros.

E meu sangue?

Ah! Meu sangue tão impuro cairá feito chuva mansa

E molhará a tua face

Afogueada

Cansada de ver o sol se por.

Jacko Montenegro
Enviado por Jacko Montenegro em 05/08/2012
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