VOZES

VOZES

Não quero

olhar imagens oscilantes em meu espelho,

Mas elas existem, elas me olham

Olham-me com ironia e desdém...

Perguntam-me sem piedade

Quem eu penso que sou...

Digo-lhes que me conheço

Não espero resposta e adormeço

Fugindo do que não quero ouvir!

E no sonho que provoco

Nada sinto e nada toco

Porque de consciência

também vivem os meus sonhos.

Acordo,

com a certeza de que não adianta dormir

Com a certeza

De que mesmo não querendo

tenho que ouvir

todas as vozes que bradam em mim!

Conceição Castro
Enviado por Conceição Castro em 05/08/2012
Código do texto: T3814665
Classificação de conteúdo: seguro