duplicação

os corredos que separam as

casas janelas abertas, homens

se olham, e descofiam se estão

vivos, se existem mesmo, ou

se o sonho beirando sua janelas,

suas esposas, seus filhos, e a pintura

nova da casa é mesmo sonho...

o gramado leva os pés da moça

que já não faz parte dessa dúvida

que dança sem saber, o já pronto

final da tragédia, ela anda, olha

o céu ainda quase negro, quase

branco, quase feliz de um dia

que choveu pela manhã...

um raio otimista de sol, atrapalha

a visão dos homens da janela

de modo nao saber se o que vêem

o vêem também....

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 05/08/2012
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