duplicação
os corredos que separam as
casas janelas abertas, homens
se olham, e descofiam se estão
vivos, se existem mesmo, ou
se o sonho beirando sua janelas,
suas esposas, seus filhos, e a pintura
nova da casa é mesmo sonho...
o gramado leva os pés da moça
que já não faz parte dessa dúvida
que dança sem saber, o já pronto
final da tragédia, ela anda, olha
o céu ainda quase negro, quase
branco, quase feliz de um dia
que choveu pela manhã...
um raio otimista de sol, atrapalha
a visão dos homens da janela
de modo nao saber se o que vêem
o vêem também....