pas des deux en ciel
A mão soluça numa leve dança
Percorre muda o contorno do rosto
Desejo e gosto,
calafrio,
de quem colhe num jardim suspenso
em sonhos,
frágil e bela flor,
suave torpor
de botão em cio
Desabrochando em sol no oriente
de meu peito, horizonte solitário
na ânsia impotente de conter
a caldeira ardente
que sem querer
derrama paixão
Transformando em verão
Todo inverno ou outono,
Primavera, delírio febril
calor e tesão,
em qualquer estação
Os olhos fugitivos se entregam
E mergulham,
Perdidos se encontram, juntos aos seus,
Mistério castanho profundo
em horizonte calmo e denso
De estrela cintilante
Brilho intenso em céu distante
Tão próximo dos meus
-Devo fugir ou desejo morrer?
Porque perguntar?
Doce morte seria encontrar
Anjo vadio brincando no véu
De estrela brilhante
Paixão cintilante
Tecida no céu