O que será,que será?

Á Chico Buarque de Holanda O que será? O que será?

Que eu não posso ver,o que eu não posso sentir

Porque a vida passa obscura,calma e taciturna

O que será? O que será

Que a alma pede e consome

É uma dor sem parente,sem derente,sem nome

É uma valsa sem samba,um remédio sem bula

Um inferno sem bússola,um consumir sem juízo

O que será? O que será?

Que povoa meus pensamentos juvenis

Que rouba minhas noites,que corroe meu matiz

É uma nuvem negra,é uma chuva branda

É um domingo sem volta,um erro de aprendiz

O que será? O Que será?

Que ouço sem motivo,que vivo e desvivo

Que deito e não acordo, que lembro e não recordo

Que choro e não enxugo as lágrimas, no rosto mudo

O que será? O que será?

Que me faz acordar? Que me faz lembrar que não existo

Que me ouve a voz,que me compra a alma

Que me inquieta a calma,és algo talvez

Carol S Antunes
Enviado por Carol S Antunes em 04/08/2012
Código do texto: T3813496
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