Mente Solitária (Inspirado em André Lobo)
Observo toda essa paisagem,
Na escuridão que sobrevém
Tudo parece ser uma miragem
Que expande bem ao além
Nesta solidão eu me orgulho
Do silêncio e vazio exterior,
Ao infinito o espírito mergulho
Para afogar toda minha dor!
Não procuro nenhuma alegria
Na terra árida enfim deserta
Meu refúgio é a companhia
Desta tristeza que me aperta
Percebo tantos dias correrem,
Entre o vago luzir do cometa,
Horas mortais apenas morrerem
Em cada grão da ampulheta!
Assim me refugio na redoma
Em meu mundo recém criado
O estado adormecido de coma
Deste sonho frio e inacabado
Questiono todo o ínterim,
De cada parte igualitária,
Receando ser este meu fim
Refém da mente solitária!