ONDE

Junto a mata verdejante
Dos espaços fronteiriços
Onde não há divisão do dia
Ocorrem atípicos tufões
Nos mares bravios
Ao qual desvio e desafio
Embora meio arredio
E donde nunca naveguei
Aonde corre o meu eu
Por entre as colinas
A saltitar
Nas cascatas mergulho
Para me lavar
No vento viajo
Esvoaçando os cabelos
No sol maltrato a carne
E no intemperismo do que vivo
Resta apenas o atroz escárnio
Com gosto de podre, odor de alho
Em meio ao amor ladino e imaginário.

Zaymond Zarondy
Enviado por Zaymond Zarondy em 03/08/2012
Código do texto: T3812294
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