Voz sem Nome
Perante o vazio do medo de não ser
O esquecido vaga sozinho pelo escuro,
Sem rumo, sem brilho nem brio,
Alimenta-se do vazio
Como se aquilo o torna-se mais ele.
O silencio sussurrou algo, não?
Era só o vento,
Mostrando a sombra do velho esquecimento,
Que ele não passava de um nada.
Qual é teu nome?
Perguntou o oculto,
E o espectro ficou mudo,
Pois não sabia se sequer realmente existia.
A noite era fria,
Mas não saber quem era, se tinha vida,
Era a maior dor, que cortava e congelava,
E vagando como algo que não se vê e não existe,
Fora consumido pelas fumaças densas da neblina do passado.