A Lei da Lei

O azedume da alma me perfura

Como caldo de cana que se cai

Nas moleiras dos homens, a saída

Que as coleiras dos outros os retraem

Os cabrestos bondosos do absurdo

E a calma que grita no quintal

Do silencio Dantesco das algemas

E o júri sentado e formal

É a toga, o martelo e a venda

São desejos humanos no final

A boca da noite e o curtume.

Quando os homes fadados buscam o mal

Metafísico desejo que os unem

Paralelo processo surreal

São promessas e fardos permanentes

Poemas parados e paredes

A grade da frente e o portão

E Platão num conceito sem igual

É a mãe verde que chora na esquina

São todos sentados e a cadeira

É sete, quatorze, vinte e um.

O Igual sentado lá na frente

Uma toga, uma idéia, o parente

E o lixo genético aparente

É a Pedra, é Horus e o Livro.

Hamurabi, o principio encontrado

Instruções siamesas e rivais

Genival Silva
Enviado por Genival Silva em 02/08/2012
Reeditado em 23/12/2013
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