A Lei da Lei
O azedume da alma me perfura
Como caldo de cana que se cai
Nas moleiras dos homens, a saída
Que as coleiras dos outros os retraem
Os cabrestos bondosos do absurdo
E a calma que grita no quintal
Do silencio Dantesco das algemas
E o júri sentado e formal
É a toga, o martelo e a venda
São desejos humanos no final
A boca da noite e o curtume.
Quando os homes fadados buscam o mal
Metafísico desejo que os unem
Paralelo processo surreal
São promessas e fardos permanentes
Poemas parados e paredes
A grade da frente e o portão
E Platão num conceito sem igual
É a mãe verde que chora na esquina
São todos sentados e a cadeira
É sete, quatorze, vinte e um.
O Igual sentado lá na frente
Uma toga, uma idéia, o parente
E o lixo genético aparente
É a Pedra, é Horus e o Livro.
Hamurabi, o principio encontrado
Instruções siamesas e rivais