SENSAÇÃO ESTRANHA
Tudo em minha volta é diferente
Vejo música suave
Que me deixa alegre, contente
Eu tomo um pouco de whisky então
E a música é outra
Mais embalada como meu coração
Olho ao redor, vejo muita gente
Ingeri algo diferente
Senti-me forte, audaz e quente
Poucos me olhavam e falavam
Em meio à barulheira
De guitarras, dos que gritavam
Onde então eu estava agora?
Não sabia, não
Mas daquele lugar não ia embora
Estava tranqüilo, embora aturdido
Eu estava só?
Não recordo, mas não estava perdido
Que sensação estranha sentia
Tomei algo estranho!
O que? Nem eu mesmo sabia
A música bonita então parou
Foi assim de repente
O povo que estava no embalo calou
Nesse momento eu meditei, raciocinei
Quem me deu aquilo?
Aquilo que me fez alegre, pensei
Ouvi o som de sirene da Polícia
Polícia por que?
Pegaram-me com rigidez e malícia
Tiraram-me então daquele lugar
Me perguntaram coisas
E eu fiquei nervoso à chorar
Era a primeira vez, eu confesso
Que ia àquele lugar
Lugar de música, de embalo, de sucesso
Fiquei descontente, inconformado
E eles reconheceram
A minha tolice, eu estava perdoado
Estava saindo do mundo de fantasia
Da sensação estranha
Onde a desordem somente existia