Sempre foi ao teu gosto
Para mim, nada;  posto
De ti sempre tive negado
Por veres em tudo só pecado

Mesmo singelo pedido
Uma única oportunidade
De a ti chegar, tímido
Olhar em teus olhos minha verdade

Nitidamente neles enxergar
Meus sentimentos, a ti  me entregar
Corpo, espírito, alma, amor
Tudo que antes calei, sufoquei, chorei; e a dor

De seres impossível a mim
E eu a ti, também, sim;
Mesmo um mínimo afeto
Que me faria sentir menos incompleto

Por saber , de nós não depender
E assim por ser obra do acaso, dois
Marionetes de erros, desencontros, pois
Artimanhas do tempo, espaço, a proceder.

Vauxhall
Enviado por Vauxhall em 01/08/2012
Código do texto: T3808673
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