Em revista!
Abriu a bolsa, dinamitando palavras a esmo,
Chave de caserna perdida, catraca sem números,
Uivou um disparate caindo feito pipa cortada,
Enredou-se nas próprias teias traçadas,
Ferroada que leva quem leva ferrão,
Mal distinguiu o chão quando a cara caiu,
Separa a escaramuça, atirando aos ventos,
Sobrou um beijo no rosto, soco no estomago,
Penou procurando outra vez, a vez perdida,
Sala de saída, aponta o dedo no olho avulso,
Até as gárgulas ficaram vermelhas, roxas,
Estufou o peito & chorou copiosamente,
Mal viu a ponta da pedra que pisava,
Sangrou o coração, a alma, a lágrima,
Pão com melado caindo sempre no barro,
Sentiu o amargo sentando em seu colo,
Outra folha caindo no rio das solidões,
Frisou o olho do gigante, acendeu o cigarro,
Tudo ainda doía pela manhã acordada,
A luz que engendra o que está por vir,
Uma dúzia de dias trocando apenas pontas,
Papel que se junta para vender sucata,
Números compostos para um blues suave,
Todas as portas que a cara se debate,
Quer do amanhã horas de sossego,
Toda a correria será apenas diversão
O estomago ainda dói numa lembrança em fuga,
O traço mais livre com horas de riso,
Uma banca, livros, a revista animada para se olhar!
Peixão89