Samba-Poesia dos transtornos desejáveis

Não fale mal da poesia meu amor

Pois ela ainda nem terminou

Tome este vinho, escute eu falar

No velho limbo foi onde você ficou

Não quero mais, não quero voltar

Meus falsos deuses, mandei matar

Subi na ávore para observar

Os belos seios da deusa de vênus

Fabricando seus doces venenos

Não tenho tempo pra ficar aqui

Há outra porta, uma escada para subir

Vou afogar-me, ouvir o trovão

Vou ficar quieto, escrever mais um refrão

Não fale mal da poesia meu amor

Pois ela ainda nem terminou

Tome este vinho, escute eu falar

No velho limbo foi onde você ficou

Olhe os guerreiros de oxossi a bailar

Festa da guerra que já perderam

Olhos furados para não enxergar

Que a noite é fria e eles já morreram

Sinto na boca um amargo sabor

Sinto no corpo um estranho calor

Preciso em breve, logo regressar

Partir, partir, voltar voltar.

Laranja Jack
Enviado por Laranja Jack em 01/08/2012
Código do texto: T3807619
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