Verme
Verme!
Que espera-me na cova,
logo que meu coração parar
e o caixão descer.
Devorará minha carne
até que reste apenas os ossos.
Lembrança do que fui
por toda a eternidade.
Não sei com que idade
a morte virá me buscar,
mas sei que estas
a me esperar.
Posso ouvi-lo! Não senti-lo,
mas sei! Como sei que lá estás!
Criatura minúscula, sedenta!
Deseja minhas vísceras.
Mas a minha parte mais íntima,
esta não a terás,
pois levarei comigo antes
que comeces a me devorar.