Verme

Verme!

Que espera-me na cova,

logo que meu coração parar

e o caixão descer.

Devorará minha carne

até que reste apenas os ossos.

Lembrança do que fui

por toda a eternidade.

Não sei com que idade

a morte virá me buscar,

mas sei que estas

a me esperar.

Posso ouvi-lo! Não senti-lo,

mas sei! Como sei que lá estás!

Criatura minúscula, sedenta!

Deseja minhas vísceras.

Mas a minha parte mais íntima,

esta não a terás,

pois levarei comigo antes

que comeces a me devorar.

Rafael Razador
Enviado por Rafael Razador em 01/08/2012
Código do texto: T3807536
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