Marcas de uma tragédia
Na janela de seu quarto, ela observa o céu tingir se com as cores do por do sol.
O azul transformar se em rosa, o rosa passar para o púrpuro e os raios dourados infiltrar se no meio das nuvens.
A cor do poente em seus olhos brilha fugidia em sua gloriosa nostalgia.
Da janela ela observa o mundo, receosa de sair e galgar outros ares.
O medo à torna covarde, culpa do passado.
Da janela ela observa as pessoas caminharem pela a rua, os carros descerem a ladeira, os animais pulando a ribanceira.
Seja de manhã ou á tarde, lá esta ela sempre na janela, feito imagem numa aquarela.
Na face bela que antes havia encanto, persiste agora a agonia.
O passado desafia o presente, a morte de tão querido parente levado por uma brincadeira inocente.