Marcas de uma tragédia

Na janela de seu quarto, ela observa o céu tingir se com as cores do por do sol.

O azul transformar se em rosa, o rosa passar para o púrpuro e os raios dourados infiltrar se no meio das nuvens.

A cor do poente em seus olhos brilha fugidia em sua gloriosa nostalgia.

Da janela ela observa o mundo, receosa de sair e galgar outros ares.

O medo à torna covarde, culpa do passado.

Da janela ela observa as pessoas caminharem pela a rua, os carros descerem a ladeira, os animais pulando a ribanceira.

Seja de manhã ou á tarde, lá esta ela sempre na janela, feito imagem numa aquarela.

Na face bela que antes havia encanto, persiste agora a agonia.

O passado desafia o presente, a morte de tão querido parente levado por uma brincadeira inocente.

Fabiana de Oliveira Silva
Enviado por Fabiana de Oliveira Silva em 31/07/2012
Código do texto: T3806574
Classificação de conteúdo: seguro