Teu corpo, tua nudez

O sabor comensal das minhas bactérias já bastam,

a vida toda me fartam.

A boca lacrimeja o mel das gozações virginais do anoitecer,

meu corpo se verga no perdão das tentações do prazer.

a cor pura dos mais delicados diamantes,

entre o pior sentimentos das bancantes,

dorme o meu eu no seu em corpos excitantes.

os olhos se fecham na realeza dos desejos acabados,

se abrem, porém, trêmulos, no gozo dos já passados.

Seu corpo não é só carne, da criação é o desperdício,

um campo de concentração de delírios.

sou a pólvora atômica das explosões,

e o que sobra das maiores imperfeições:

- sua nudez é um Allnatt Diamond, que brilha minhas perversões.

Geraldo Neto
Enviado por Geraldo Neto em 31/07/2012
Reeditado em 31/07/2012
Código do texto: T3806197
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