Ontem
Saudade da subsistência,
perdi minha essência.
Hoje existo,
mas não insisto,
presente fútil,
futuro inútil.
Passado de esperança,
eternidade do ontem.
Ah, saudade!
Sinto sua proximidade,
mesmo perdido nesta
imensa cidade.
Campos das flores,
eternos amores.
Cidade dos dessabores,
sem perfume,
sem flores.
Arraste-me ao seu seio,
trate-me com seu néctar,
livre-me desta luta incerta.
Deixe-me descansar em suas raízes,
observar as perdizes, sentir a sua
paz e a sua harmonia.
Livre-me desta agonia,
da competição e da ilusão.
Ensina-me novamente a viver,
não desejo ter,
mas sim ser...