Ontem

Saudade da subsistência,

perdi minha essência.

Hoje existo,

mas não insisto,

presente fútil,

futuro inútil.

Passado de esperança,

eternidade do ontem.

Ah, saudade!

Sinto sua proximidade,

mesmo perdido nesta

imensa cidade.

Campos das flores,

eternos amores.

Cidade dos dessabores,

sem perfume,

sem flores.

Arraste-me ao seu seio,

trate-me com seu néctar,

livre-me desta luta incerta.

Deixe-me descansar em suas raízes,

observar as perdizes, sentir a sua

paz e a sua harmonia.

Livre-me desta agonia,

da competição e da ilusão.

Ensina-me novamente a viver,

não desejo ter,

mas sim ser...

Rafael Razador
Enviado por Rafael Razador em 30/07/2012
Código do texto: T3805020
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