ESSÊNCIA

Não ser dono de nada

Me deixa uma pesssoa livre

Sabendo-me de mim

Sei quantas noites me separa

Da alvorada que espera meu coração;

Olho agora o tempo

Estirado em meu pulso

E posso enfim lhe dizer:

Perdoa-me por ter sido

Um mal escravo...

Ah! este espelho que chamamos vida

Ao refletir nos mostra em pedaços

Mas não inteiro nas feridas;

E olhando para dentro de mim

A maior culpa que ainda tenho

É que na ilusão de obter a paz

Cultivei a guerra como verdade

Subtraindo em mim todo amor reluzido

Que pensei estivesse no sossego

Mas estava nas asas humanas da vaidade

Transformando o menino em homem

E nessa solidão medonha

Reina o silêncio, o temido silêncio

Sem infinitos...sem portas...

CONSTANTINO GRIGÓRIO BARUC - 30/07/2012

BARUC
Enviado por BARUC em 30/07/2012
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