O FAROL -66
Coração, náufrago em alto mar, à deriva,
Que, uma tábua de salvação procura,
À noite o acompanha, nesta jornada profana,
E a lua, o ampara em sua loucura...
E o mar revolto, que em sua fúria, não perdoa,
Leva para longe o coração da outra pessoa,
Deixar-se afundar, abandonar-se a morte, pensa,
Quando, um farol avista, acha que sonha...
E, vencendo as ondas, na imensidão,
Luta consigo mesmo, com o mar, com a devastação,
Afogando-se, na própria solidão,
Em desespero nada... Não encontrando nada, só a desilusão...
Este farol que vislumbra... Na escuridão...
É a luz resplandecente, de um coração...
Nadando, em sua direção...