rir de quê...

Ah, silêncio

Feito de gente morta

Quanta gente morta!

Quanta gente com sorriso

Falso...

Rir de quê, miserável

Rir de quê...

Se tudo não deu certo

Se tudo é impossível

Se nada é, nada parece

O que é...

Até a esperança de abandonou

Não se deu conta?

Olha a sua volta...

O deserto, a cidade vazia

Os olhares encabulados...

Rir de quê, traste,

Que demônio de guia

Que ódio te ilumina

Que ainda consegue

Manter esse riso no rosto...

Se pelo menos fosse verdadeiro

Ou pelo menos cínico...

Mas não é nada disso

Nem sequer cínico

Pare de rir, miserável...

Porque esse fingimento

Está me incomodando....

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 30/07/2012
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