rir de quê...
Ah, silêncio
Feito de gente morta
Quanta gente morta!
Quanta gente com sorriso
Falso...
Rir de quê, miserável
Rir de quê...
Se tudo não deu certo
Se tudo é impossível
Se nada é, nada parece
O que é...
Até a esperança de abandonou
Não se deu conta?
Olha a sua volta...
O deserto, a cidade vazia
Os olhares encabulados...
Rir de quê, traste,
Que demônio de guia
Que ódio te ilumina
Que ainda consegue
Manter esse riso no rosto...
Se pelo menos fosse verdadeiro
Ou pelo menos cínico...
Mas não é nada disso
Nem sequer cínico
Pare de rir, miserável...
Porque esse fingimento
Está me incomodando....