Sequidão.
Sequidão, não entendo meu coração.
Esta é a questão
a desfalecente verdade,
sequidão.
Ela me agarra com força
com muitos tentáculos decretados.
Ela me acorda em meio ao quebrantamento,
e tenta criar raízes.
Ah, por que tão seco?
Onde está a água?
Dá-me água, por favor
e não vinagre!
Peço águas transbordantes
para tirar esta terrível sequidão;
até quando será,
será esta sequidão?
Não quero vinho seco,
muito menos terra seca!
Dá-me água
da mais pura fonte!
Seco, seco, tudo tão seco!
Meu coração está seco!
Ele seca-se conforme o plano,
ela ri-se de mim (isto a dizer, a sequidão).
Onde está a água?
Pois tudo está tão seco.
Deixe-me em paz, sequidão!
Deixa-me molhar-me.
Manancial de águas,
águas vivas, molhe-me!