O Poeta, a Poesia e o Arrebol

Uma poesia perene

Entre o poeta e o arrebol

Um olhando o outro

Entre resquícios de um sol

Então o mergulho na penumbra

E o astro-rei mergulha na noite

Cedendo lugar a sua comparsa

E acendem-se as estrelas

E a poesia segue

Até se deparar à aurora

Poeta noturno e diurno

Amante das rosas

E dos olores à poesia

Dos pássaros trinares

Das cores as pétalas

E do poeta o observar

Sereno e singelo o olhar

E a brisa amanhecida

Retocando o rosto em ventania

Incessante o coração vibra

Um poeta e um arrebol

E as nuances divinas

Violetas e purpurinas

Refletidas nos sentimentos

E a poesia adormece mergulhando à noite...