SÃO BRAÇOS...
Braços
sem abraços...
Boca
sem beijos,
louca
de desejos...
Alma
sem calma...
Em chama.
Acha fugidia
que clama.
Cruel algia...
Inerme,
o corpo, a derme...
Coração, sem dono
e sem emoção
acorda no sono,
com devoção.
E sonha,
sem que o suponha...
Agora,
o corpo arde.
Ainda não é tarde!
A Alma se revela,
já não se rebela...
Sem demora,
com furor,
se entreabre a boca
que ainda louca,
grita de Amor!
E os braços,
lembrando laços,
cm outros se enlaçam!
Ardentemente se abraçam...
São braços
COM ABRAÇOS!