Corpo e Mente

Quando disse: não!

O corpo disse: sim!

E o conflito começou,

meu mundo desabou.

Não cheguei a uma conclusão,

não naquele dia!

Mas alguém,

em algum lugar sorria!

Um passo fôra dado!

O abismo estava sendo afastado.

O desejo crescia e a mente resistia!

Onde eu me metia?

Corpo e mente,

não tinham sintonia!

Foi-se a euforia!

Iniciava uma nova sinfonia!

Sem instrumentos, sem notas,

uma vida morta!

Pude ver os olhares,

os mesmos

em todos os lugares!

Olhares de reprovação,

afirmação,

de negação!

No meu coração, compunha

uma nova canção!

Canção sem som,

pois nem eu mesmo à ouvia!

Mas a cada passo me recolhia,

na minha vida vazia!

Como uma pedra chorando sozinha.

Enganava-me, eu sabia!

Uma vida repleta de ironia!

Muitos ao meu redor,

mas estava sozinho, vazio!

Enchendo-me de morte!

Jogado a sorte da minha ironia.

O corpo queria e a mente não, que luta!

Onde quem perdia era eu!

Distanciava-me e vivia,

esta vida vazia!

Vivendo da minha solidão.

Morrendo!

Morrendo!

Lutando!

Desesperando-me!

Buscando uma saída,

beijando a morte!

Buscando e não encontrando

nenhuma razão.

Destruía-me aos poucos,

matava meu coração!

sufocando minh'alma.

Hoje eu sei!

Hoje eu sei!

Quem dera não saber!

Mas eu sei!

E a chuva cai la fora!

Lembrando da ironia!

Ouço o som da nova sinfonia!

Ah, meu dEus!

Obrigado por esta nova sinfonia,

à qual posso, ouvir, sentir e sorrir.

Morreu a ironia!

Acabou-se a vida vazia,

não beijo a morte,

mas sorrio para a vida....

Rafael Razador
Enviado por Rafael Razador em 29/07/2012
Código do texto: T3802592
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.