Reencontro

Estive perdido vagando

por bares e ruas escuras,

por avenidas cheias,

mas estava só.

Procurava um olhar, um gesto, um toque,

nada encontrava, logo me desesperava.

Caminhava a esmo, não olhava a lua, as estrelas

e não sentia o calor do sol.

Em outro ponto lá você estava,

com os mesmos sonhos,

mesmo sentimentos

os mesmos alentos.

Por força do destino acabamos

no mesmo lugar, por um tempo

não pude te enxergar,

mas você sabia que eu estava lá!

Esperava-me!

Esperava-me!

Eu nada fazia, estava com a mente vazia,

você rugia e eu não ouvia...

Do nada eis que estavas em minha frente,

minha cabeça não estava mais vazia

e no meu peito novamente o coração pulsava,

as estrelas e a lua enxergava e o calor

do sol me tocava.

Hoje sei que não foi tempo perdido,

mas um desejo contido seu,

eu era cego e não percebia,

mas você já me possuía.

Hoje eu a amo, amanhã à amarei ainda mais,

uma longa estrada surge, com poucas paradas,

soa como uma fábula, mas é real.

Seu desejo!

Transformou-se em meu desejo!

Sua vontade mesclou-se com a minha,

agora caminhamos juntos, no mesmo compasso,

no mesmo abraço, no mesmo toque,

no mesmo beijo...

Sem lágrimas, sem tristezas, sem nada

a nos separar, nascemos para nos amar

e ser um só de corpo e alma.

Olhando a chuva que lava,

sentindo o sol que aquece

e vivendo o mesmo amor,

amor que constrói e consola.

Não vivemos mais de esmola,

mas de amar, simplesmente

amar....

Rafael Razador
Enviado por Rafael Razador em 28/07/2012
Reeditado em 29/07/2012
Código do texto: T3801815
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