Letras Vivas... Flores Mortas...

Cadernos desfolhados

Rosas em letras purpurina

Sem máculas e pecados

Frases transparentes... Dentro da mente

Rosas desfolhadas

Cadernos em letras grafite

Sem dores e sem arrependimentos

Versos brandos... Qual fogo do sol

Rosas e cadernos misturados

Em jardins soberbos de luz

Sem a inveja cravejada em caule seivoso

Poesia estranha... Nascida das entranhas

Rosas mortas em folhas de caderno

Despidas de toda a cor... Marca- páginas

Em edições de folhas tortas... Envelhecidas

Em riachos de amor... Embevecidas

Rosas sonhadoras em espinhos ríspidos

Meu coração nas páginas de um livro

Páginas dos meus próprios livros

Forjado em fogo d’alma... Minhas letras

Adormecidos em olor de rosas...

Rosas mortas desfolhadas ao vento...

Mas os pensamentos eternizam-se...

Então não morrerei... Ficarei em letras espalhado...