Quantas vezes

Quantas vezes tentei conversar e não conversei.

Quantas mensagens tentei te enviar e deletei.

Quantas vezes te evitei.

Pra declarar o meu amor que pra mim e Deus jurei.

Perdi a coragem, talvez, não sei.

Muitas vezes pra mim mesmo, perguntei.

Muitas vezes lágrimas derramei.

Não tinha coragem de lutar pelo amor que nasceu.

Que em meu coração se estabeleceu.

Não tinha força a minha coragem, morreu.

Cada vez que te via passar.

Sentia o meu coração acelerar.

Sentia-me leve querendo flutuar.

Sentia o meu corpo, queimar.

Sentia vontade louca de te desejar.

Sentia vontade louca de te beijar.

Sentia vontade louca de sentir o seu corpo e te amar.

Os pelos dos meus braços a se arrepiar.

E parte do meu corpo a se enrugar.

Tantas coisas eu sentia, posso jurar.

Ah vida que me levou a ser assim.

Judia do meu corpo, judia de mim.

Sei que um dia terá fim.

A vida que levo, não desejo pra ninguém.

Lute por seu amor, lute por seu bem.

Espelhe na vida, espelhe em alguém.

A natureza nos dá exemplo também.

O encontro do rio com o mar.

A água doce e salgada a se misturar.

É imperceptível aos olhos o engabelar.

Não é o meu jeito de te amar.

É simplesmente para comparar.

A nossa indiferença pode se ajuntar.

E a relação do amor findar.

Tenho que coragem criar.

Pra você o meu amor declarar.

Como da Uva sai o vinho.

Não quero viver e envelhecer sozinho.

Quero eternamente ao seu lado morrer fazendo

e recebendo carinho.

O Poeta Brasileiro
Enviado por O Poeta Brasileiro em 28/07/2012
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