Quantas vezes
Quantas vezes tentei conversar e não conversei.
Quantas mensagens tentei te enviar e deletei.
Quantas vezes te evitei.
Pra declarar o meu amor que pra mim e Deus jurei.
Perdi a coragem, talvez, não sei.
Muitas vezes pra mim mesmo, perguntei.
Muitas vezes lágrimas derramei.
Não tinha coragem de lutar pelo amor que nasceu.
Que em meu coração se estabeleceu.
Não tinha força a minha coragem, morreu.
Cada vez que te via passar.
Sentia o meu coração acelerar.
Sentia-me leve querendo flutuar.
Sentia o meu corpo, queimar.
Sentia vontade louca de te desejar.
Sentia vontade louca de te beijar.
Sentia vontade louca de sentir o seu corpo e te amar.
Os pelos dos meus braços a se arrepiar.
E parte do meu corpo a se enrugar.
Tantas coisas eu sentia, posso jurar.
Ah vida que me levou a ser assim.
Judia do meu corpo, judia de mim.
Sei que um dia terá fim.
A vida que levo, não desejo pra ninguém.
Lute por seu amor, lute por seu bem.
Espelhe na vida, espelhe em alguém.
A natureza nos dá exemplo também.
O encontro do rio com o mar.
A água doce e salgada a se misturar.
É imperceptível aos olhos o engabelar.
Não é o meu jeito de te amar.
É simplesmente para comparar.
A nossa indiferença pode se ajuntar.
E a relação do amor findar.
Tenho que coragem criar.
Pra você o meu amor declarar.
Como da Uva sai o vinho.
Não quero viver e envelhecer sozinho.
Quero eternamente ao seu lado morrer fazendo
e recebendo carinho.