Letargica(mente
 
...doem os pulsos,
gritam os dedos,
sob as névoas da saudade...
bramam silentes
na vil tentativa
de não espargirem dor...
o amor clama por seu dono,
a solidão pelo abandono,
então morro um pouco mais...
aqui jaz um rio sem foz,
uma boca sedenta,
cheia de desejos,
de palavras, mas sem voz...
então calo-me...
ante tudo que dizia,
o tanto que desejei,
ante os sonhos que te sonhei,
e em cada espaço que ficou
nessa minha alma vazia,
nas réstias que deixou
sobre meu corpo,
que hoje, desaba poesia...
                                              desaba poesia...






Denise Matos
DENISE MATOS
Enviado por DENISE MATOS em 28/07/2012
Código do texto: T3801284
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