POESIA PARTIDA

POESIA PARTIDA

Temos sidos caçadores em nós.
E como tal, há horas que nos falha os sentidos.
Os conhecidos, os experimentados, os notados,
Os observados, os percebidos, os pressentidos.
E toda essa avalanche tem se precipitado,
Sobre nossos desejos, nossas exigências nossa realidade.
A mesclar o consciente e inconsciente como produto.
Interferindo, nos modificando, e fazendo-nos estagiar,
Nos reflexos óbvios de uma mesma multidão!
Notadamente sociedade afeita aos mesmos ranços.
E com mesma dose de piedade garatujada em si mesma.
Derivando mal consentido e consubstanciado.
Abre-se nesse contexto, irrefutável, a Caixa de Pandora.
E esses achaques, que invariavelmente nos aceiram,
São os temperos de pimenta e sal.
E as adversidades necessárias,
Falam à condição humana!
A indiferença e o egoísmo mostra-nos na imagem.
Espelhos de um mesmo plano real individualizando, ratificando,
O indivíduo, massa, fantasia de uma mesma multidão.
Tudo isso se repercute na vida, e no cotidiano.
Na vida, como abstrações, no cotidiano como habitual.
Partindo a poesia! Pelos lapsos temporais,
E pelas síndromes que fixam os homens em se,
Não os permitindo sair de se mesmo.
Mas a força invariável que nos quer o equilíbrio,
Permitirá, por certo, o escapar da esperança.


Albérico Silva