temporais de solidão
Hoje me sinto só
Só como um marinheiro
Que naufraga...
Nas águas revoltas do mar.
Gritando socorro, para o nada.
Mas ninguém ouve, ele está só.
Em meio, um terrível temporal.
Que balança, e leva seu corpo.
Em direções desconhecidas
De repente, seu corpo dormente.
Deixa-se levar, sem forças para lutar.
Não é mais ele, é o destino.
Que o impede, de lutar pela vida.
Contra as correntes das águas.
O temporal acaba, ele está só.
Esperando alguém, ir buscá-lo.
Para que não fique perdido.
Em meio ás águas revoltas do mar.
Talvez eu seja este marinheiro.
Perdido nos temporais, de solidões.
Esperando que alguém apareça.
Para que eu possa, de novo sorrir.
Volnei R. Braga